26.3.15

Brute force

alo

Tenho meu mid-term assessments na segunda-feira e até ontem eu tava meio desesperada porque não tinha muita coisa. Mas quase toda quarta-feira faço um lab de desenho aqui na escola que no início pra mim era um pesadelo mas a medida que fui tendo as aulas percebi uma evolução incrível. 

Funciona com a professora dando frases, expressões ou palavras pra trabalharmos a partir delas com nanquim em 15-20 minutos por desenho. Em geral eu uso uns papéis gigantes (mais de 1m) que eu pessoalmente ODEIO mas me obrigam aqui por causa da minha mania de trabalhar sempre em pequenos formatos. Nos primeiros dias eu quase chorei quando vi o tamanho do papel mas realmente agora eu vejo que é muito benéfico trabalhar em formatos grandes, quando eu volto pros pequenos parece tudo muito mais fácil e sob controle.

Na última aula a professora tava tirando as expressões de um ~dicionário de clichês~ e uma das expressões foi "força bruta". Acabei fazendo um desenho que gostei muito, o que é surpreendente pra mim porque eu geralmente odeio meus desenhos espontâneos.




Eu tava me sentindo bem frustrada e cansada dos meus outros projetos – acho que principalmente por todos serem no computador, o que por um lado me conforta porque eu tenho domínio, mas por outro me cansa e me desgasta não só por eu estar com a cara numa tela o dia inteiro, mas porque eu acabo me distraindo na internet e tudo leva muito mais tempo do que era pra levar. 

Trabalhar manualmente no que quer que seja força minha concentração de um jeito incrível e me relaxa muito também, é terapêutico pra mim. Então resolvi que precisava disso e decidi comprar uma tela (mesmo sem dinheiro nenhum, minha conta e meus impulsos artísticos são incompatíveis) e adaptar esse desenho pra pintura.

Usei tinta acrílica em tela de 70x50cm.




E esse foi o resultado que eu gostei muito hehe

É uma ovelha negra, não um cachorro


Como eu disse meus assessments são na segunda e eu vou ter que fazer um milagre de produção até lá. Mas to com várias idéias e acho que consigo por a maioria em prática. Acho.

Torçam por mim ヽ(#゚Д゚)ノ


10.3.15

GAF


Ontem eu e minha turma (minha enorme turma que sou eu e mais duas pessoas) expomos de novo. Eu tinha me prometido que ia me esforçar pra fazer alguma coisa mais irada nessa exposição mas obviamente eu esqueci totalmente da data pra qual ela tava marcada e fui descobrir menos de uma semana antes dela acontecer.

Por causa disso a gente só conseguiu reservar uma sala horrível completamente escondida que na verdade é pra reuniões e coisas do tipo, tinha uma mesa no meio com 300 cadeiras, uma parede era só janela e na outra tinha uma tv gigantesca. Estrutura perfeita pra uma exposição eu acho

Mas acabou que rolou, eu achei que não ia dar ninguém mas foi uma galera! Foi inclusive bem difícil pra mim que já fico nervosa se tem duas pessoas prestando atenção em mim ao mesmo tempo. Mas eu acho que to ficando melhor aos poucos, eu ainda sou muito insegura pra falar do meu trabalho – até porque eu não vejo muito sentido em ficar explicando as coisas, já acho meus trampos bem claros na mensagem mas mesmo assim gosto de deixar aberto à interpretações, explicar meio que estraga o role na minha opinião. Mas era isso ou ficar sem nota então eu prefiro abrir mão dos meus ideais rs.

Dessa vez chamamos a exposição de GAF, que um colega sugeriu num e-mail sem explicação do que significava e daí ficamos horas inventando possibilidades: good as fuck, gay as fuck, give a fuck, graphic artists f??? etc. Depois o menino foi dizer que significa Global Assessments of Function que é uma parada da psicologia pra avaliar o comportamento das pessoas????????????? Não tem absolutamente nada a ver com nada mas gostamos do jeito que soa e da abertura pra possibilidades e já tava em cima da hora então usamos isso mesmo.

Bom, fotosssss

Meu canto nessa sala ótima

Apresentei esses de novo


Acrílica sobre tela

Essa pintura foi um pesadelo pra mim. Como eu tava com o tempo curto organizei meus dias restantes certinhos pra poder fazer tudo o que eu queria, consegui comprar a tela e as tintas em tempo, tinha o dia todo pra pintar e tudo tinha dado aparentemente certo. Até que eu vi depois que tinha comprado amarelo transparente que literalmente se chama Amarelo Transparente. Fora isso o rosa e o azul também não tinham cobertura opaca, o que caga todo o meu estilo de pintura. Umas horas antes da exposição eu comprei outro amarelo e cobri, aí ficou como ta na foto.

Detalhe
Mas na real eu detestei a combinação de cores de qualquer forma, na foto parece um pouco melhor mas pessoalmente ta bem terrível, o contraste não ta bom. Daí há 15 minutos atrás resolvi contornar com o preto e caguei tudo de uma vez. Ou seja nada é tão ruim que não possa ficar pior.



Risografias

Essa é uma série de ilustrações que to produzindo e gostando bastante. A série se chama Everyday thoughts on everyday things e a idéia é que vire uma zine quando eu tiver mais ou menos umas 10. O conceito tá bem claro pelo nome, eu acho, é a maneira que eu e minha ansiedade enxergamos o mundo.

Eu gosto de falar abertamente sobre essas coisas porque pra mim é uma maneira de parecer que eu to no controle do que rola comigo. Desenhar esse tipo de coisa por exemplo expõe pra mim como as vezes esse tipo de pensamento pode ser ridículo e desnecessário. Só é meio foda ter que me expor na hora de falar das minhas produções pra 30 pessoas de uma vez como aconteceu ontem. Além de sentir um pouco de vergonha eu tenho medo que as pessoas me enxerguem como coitada, ou sei lá. De novo não me perguntaram muitas coisas sobre meus trabalhos, e quando perguntaram foi só sobre a técnica e o processo, nunca sobre o conceito. Eu acho que as pessoas tem um pouco de medo de me machucar ou ofender, preciso praticar uma maneira de falar disso sem parecer que é tão delicado assim.




Ainda devo mudar uma coisa ou outra nas ilustrações provavelmente.

Os trampos dos meus colegas:

Anatole de Benedictis

Detalhe

Joseph Huot

Detalhe

Por enquanto é isso, eu to com alguns projetos em andamento então posto aqui quando eu tiver alguma coisa nova.

Doei!

3.3.15

Outra exposição

it's a new dawnnnnnnn it's a new dayyyyy it's a new postttttttt!! (desculpa)

Oi. No último post eu disse que ia postar coisas novas porque teria meus assessments dali a poucos dias MAS foi meio que um desastre e eu chorei e quis morrer e não queria muito ficar falando sobre isso. As semanas seguintes foram meio catastróficas também na relação professores-meus trabalhos então não tava sendo uma boa fase pra postar aqui. 

Ter meio que caído de paraquedas num curso de artes e ainda mais numa faculdade que é a KABK as vezes parece ser uma pressão um pouco maior do que eu acho que consigo levar. Eu to aprendendo muito, mas isso significa também dar muita cabeçada, e sendo muito sincera eu não to muito acostumada com isso considerando que vim da UnB, onde os padrões são outros. Isso significa também que to aprendendo que nem toda crítica é necessariamente válida só porque vem de professor, mas não significa que eu não vá me sentir machucada quando eu escuto alguém que eu admiro dizer coisas do tipo "não gosto do seu trabalho" e que o que eu faço "não diz nada", principalmente quando meu trabalho é tão pessoal. Na minha cabeça quando alguém fala dessa forma de um trampo meu parece que na verdade tá falando de mim e ainda cuspindo na minha cara depois.

Mas agora passou, e to praticando não ter medo de defender meus trampos e minhas idéias quando eu não concordo com o que ouço, não tomar tudo o que me falam como verdade só porque vem de alguém com mais experiência que eu e ter confiança no que eu produzo e o que faz sentido pra mim. Ando entendendo que isso também é uma habilidade que um artista/designer/whatever tem que ter.

Bom, dramas pra lá, hoje eu tive que fazer uma exposiçãozinha de novo, mas dessa vez foi meio diferente. Pra nossa aula de teoria (que é mais uma aula de discussão) a prof pediu que a gente organizasse uma exposição – como curadores mesmo – sobre o tema que fosse de nosso interesse, e que produzíssemos alguns trabalhos pra ela e convidássemos algum colega pra participar.

Pra minha exposição resolvi falar sobre subjetividade feminina e depois dos tapas na cara que eu levei decidi que ia tentar fazer algo totalmente fora da minha zona de conforto: uma instalação (*grito de filme de horror*). Além disso fiz umas ilustrações também, e convidei uma colega que escreve uns poemas insanos pra escrever algum texto.

Não vou explicar aqui todo o conceito porque são 2h30 da manhã e já tive que fazer isso hoje pra 20 pessoas então to ligeiramente enjoada do assunto. Mas construí o altar com a idéia de que ele colocasse numa posição divina a mulher comum que foi submetida a toda essa merda de subjetividade imposta (falei mais bonito que isso na apresentação, juro) e por isso coloquei várias coisas estereotipicamente consideradas femininas que toda mina já se viu confrontada por em algum momento da vida. E pras ilustras a idéia é que o corpo "real" da ciência e historia e pa é sempre o do homem então quis expor o corpo feminino como igualmente real, orgânico, nojento, científico, etc, e não como um objeto decorativo como quase sempre é colocado.

O texto da minha colega que eu usei também é sobre a experiência dela com vários caras e a dificuldade dela em se encaixar nos papéis de gênero em relação a eles. Ele é bem sexual e cru e "chocante" e eu achei incrível porque era bem o que eu queria. Mas não vou postar aqui porque acho que nem pode.

Bom vocês sabem que eu sou ruim de fotos né nem preciso mais avisar




Essa foi a disposição da exposição. Essa salinha da faculdade se chama capela (provavelmente era de fato a capela de lá considerando que a escola tem quase 500 anos) e eu escolhi porque fazia sentido com o altar e blablabla.




Eu tive the time of my life comprando essas porcarias pra botar dentro

O altar. Construi ele de mdf e papel cartão, pintei com spray e posca. Na hora de desmontar eu queimei minha mão na vela.


Muito bem tirada a foto

Essas ilustrações foram feitas em risografia (que é o amor da minha vida aqui) e a idéia é que vire uma zine muito em breve, só preciso escrever um texto curto. O problema é que eu não sei escrever e um texto curto pra mim é um pesadelo e talvez "muito em breve" signifique "daqui a uma eternidade". Não sei.






Não fica centralizado de jeito nenhum, desisto

Por fim essa foi minha mesinha terrível com algumas das minhas referências teóricas (precisava ter) e o folderzinho, atrás tem o conceito da exposição e blablabla.

Esqueci de falar que o nome da exposição foi Naked Goddess: The Feminine Self

Hoje eu aprendi também que feedback de professor ou é loteria ou a minha cabeça e as deles funcionam sob parâmetros completamente diferentes porque eu tinha toda certeza que meu trabalho tava uma bosta e que eles iam me esculachar. Mas eles foram só elogios e ainda falaram pra turma toda que meu trabalho era um exemplo de como os outros deviam ter feito. Ou seja né

Mas por bem ou por mal fiquei feliz e motivada, fazer esse role me fez ter um pouco mais de foco em pesquisa e ter altas inspirações pra trampos futuros. Agora to produzindo várias coisas de uma vez só e todas as idéias têm me agradado, to bem animada.

Descobri hoje que aparentemente semana que vem minha turma tem que organizar outra exposição igual do post anterior (já que o professor não gostou daquela porque ele não gosta de nada nesse plano físico cósmico), vou tentar terminar umas coisas novas até lá – até porque caso contrário eu não vou ter nada – e posto aqui.

É isso, beijos

21.1.15

Exposição

OIEE to postando de novooooooo!! (tem que comemorar toda vez)

Segunda passada fiz minha primeira exposição da vida e achei que ia ser interessante postar aqui. Não foi assim uma exposição como provavelmente tá na cabeça de quem tá lendo, mas pra mim já foi uma experiência irada.

Pra explicar um pouco como rolou preciso dar um pouco de contextualização: eu to fazendo intercâmbio no 3º ano de Fine Arts, no segmento de Printmaking (dá pra escolher por printmaking, painting, sculpture e autonomous – o que não impede do aluno escolher uma coisa e fazer outra de vez em quando, é só um direcionamento maior). Na minha turma, contando comigo, são 5 pessoas, e nossos ateliês (temos ateliês na faculdade, é incrível! posto aqui outro dia) ficam numa sala meio escondida e com pouco destaque. Printmaking (gravura) também não é um estudo tão tradicional quanto pintura, por exemplo, então a gente fica meio esquecido de uma forma ou de outra dentro do curso. As vezes as pessoas nem sabem direito onde fica nosso ateliê, tem vezes que os professores esquecem de ver a gente, essas coisas.

Por causa disso e porque o nosso orientador provavelmente percebeu um pouco de desânimo na turma, fomos encorajados a organizar uma exposição. Exposições tem lá na faculdade o tempo inteiro, a KABK tem bastante espaço e só depende do aluno querer fazer, então é bem comum ter pelo menos uma por semana, com umas cervejas pra incentivar o pessoal a colar, hehe (funciona).

Fizemos a nossa então chamada The Forgotten Ones (dã) e na abertura o professor orientador incentivou que quem estivesse lá fizesse perguntas sobre os trabalhos, desse feedbacks, etc. Eu não gostei muito do jeito que ele conduziu a situação porque achei que ficou meio forçado, até porque não tinha ficado claro pra gente que seria necessariamente uma discussão, caso contrário teríamos divulgado de uma maneira diferente. 

Outro problema que tive é que eu não gosto muito de falar pra muitas pessoas, nem em grupos grandes, nem explicar as coisas que eu faço. Meu trabalho é extremamente pessoal e falar sobre ele me deixa completamente exposta. Fiquei nervosa e acho que acabei explicando demais cada coisa e blerg, queria poder voltar no tempo e poder ensaiar o discurso. Piorou que ainda ninguém quis perguntar nada depois que eu falei, então fiquei o tempo todo depois paranóica com certeza que foi porque foi muito over. Mas enfim, passou, segue em frente tem outras exposição

ENFIM, fotos porque tem muito texto ja!!!!!!

Eu ao invés de sair mostrando tudo o que eu tenho (misteriosa) resolvi fazer uma mini seleção do que eu ia expor que estivesse dentro de um mesmo tema. Não vou explicar porque não quero cometer o mesmo erro pela segunda vez rs, mas brevemente falando é sobre frustrações pessoais, meus problemas com meu emocional, etc.

Selecionei essa pintura (tinta acrílica sobre tela):



Essa linogravura (tá uma bosta a foto gente desculpa não tenho o dom):



Pra quem não sabe o que é linogravura, é uma impressão feita usando uma placa de linóleo, que é mais ou menos uma borracha. A idéia é a mesma da xilogravura (só que mais fácil, hehe) – você grava o desenho na placa, depois passa tinta e passa na prensa. Como minha impressão tinha duas cores eu tive que gravar duas placas diferentes, uma pro amarelo, uma pro preto.

As duas placas já com a tinta e o rolinho pra aplicar a tinta nelas.

As impressões na secadora


Por último essa serigrafia A1 (a culpa da foto ruim dessa vez foi do técnico do lab e eu fiquei sem graça de pedir outra):



Eu nunca tinha feito serigrafia em 3 cores e depois dessa entendi porque. Comprei 10 papéis e nem a impressão que eu apresentei na exposição ficou boa, tive todos os problemas possíveis. No fim o papel encolheu e a última camada de cor ficou completamente cagada.

É meio frustrante porque foi um gasto enorme de tempo e dinheiro pra fazer uma coisa massa e não dar certo no fim das contas. Ainda por cima tive que lidar com aluno achando que tá na 5ª série sem querer liberar a mesa de impressão. Se eu não me joguei da janela nessa semana provavelmente não me jogo nunca mais.

Minha paredinha na exposição:



As dos colegas:


Meu deus que fotos péssimas

Sou uma péssima colega e não sei direito sobre o que é o trabalho dessa minha amiga kkk, na caixinha tem uns rolinhos em papel transparente com uma história auto-biográfica dela que ela tirou umas palavras e fica impossível de entender. Os outros são serigrafia num bloco de gesso que ela mesma fez. 



Esse colega faz umas casinhas de madeira/papel cartão/papelão, etc e faz esculturas a partir delas. Nesse projeto aí ele fez as armas segundo ele porque uma casa também pode ser um tipo de defesa, de resistência (no caso de quem mora em zonas de guerra por exemplo – liguei muito o trabalho dele com as favelas e invasões no Brasil)



GENTE ME PERDOA

Esse faz essas composições muito doidas inspiradas em vitrais de igreja e etc. Parece tudo padronizado e repetitivo mas quando vc chega perto vê que não tem uma forma igual a outra.

Teve outra colega também mas as fotos ficaram tão terríveis que não tem nem como postar :'(

A gente esperando as pessoas aparecerem..........


Atração principal

Por fim euzinha do lado das minhas coisas:



Fui com essa roupa e todo mundo falou que foi de propósito pra combinar com os trabalhos, mas juro que foi sem querer.

É isso! Em duas semanas tenho minha avaliação final do semestre e vou ter uma coisa ou outra pra mostrar aqui.

Doei! (tchau em holandês, blog internacional)

2.1.15

Outra vez

Olaaa chegou aquela época do ano que eu posto nesse blog!! kk

Tinha começado a digitar um texto gigante e mega sentimental no dia 31 mas hoje to com uma ressaca horrível e a vibe passou. >:(

Resumidamente eu falava como é engraçada – no bom sentido – a sensação ao ler meus posts anteriores falando sobre o intercâmbio mega insegura, já que agora eu to aqui, na cidade que eu queria, na faculdade que eu queria (e que eu achava que não ia me aceitar nunca). Eu tenho aprendido muito e produzido pra caralho e tem sido simplesmente tudo o que eu queria pra mim. As vezes me bate uma tristeza quando eu penso que é só por um ano.

Enfim. Chegou o ano novo e dessa vez não tenho do que reclamar, muito pelo contrário. Então resolvi postar aqui de novo porque pra mim é muito bom ter um registro do meu processo de evolução. Claro que seria muito melhor se eu postasse com mais frequência e não rolassem esses gaps gigantes entre um post e outro mas..................

O meu estilo finalmente evoluiu e se encontrou (eu acho) durante esses 5 meses na KABK, e pela primeira vez eu to satisfeita com o que eu faço e me vejo nos meus trabalhos, e é muito gratificante finalmente se identificar no que você faz depois de anos de frustração com o resultado das coisas.

Obviamente aproveitando a licença poética que essa época dá pra fazer coisas bregas porque sim, esse ano também tenho algumas resoluções. Fazer uma tatuagem antes de ir embora, produzir pelo menos alguma coisa por semana (ok, não é muito, mas é melhor manter os padrões baixos pra depois dizer que eu consegui cumprir), não comer pão em janeiro (bastante relevante nesse blog), e talvez a principal na qual cheguei bêbada no meio de uma conversa:



Fiz isso assim que cheguei em casa no dia porque eu queria alguma maneira de gravar isso na cabeça. Pra mim um grande problema foi nunca querer sair da minha zona de conforto (coisa que já abordei aqui em outros posts), o que eu achava que me fazia feliz, mas ao longo dos anos percebi que só fazia o efeito contrário. O que me deixa feliz, (com o perdão da breguice) me faz me sentir viva, me dá histórias pra contar e alimenta minha criatividade e motivação é correr riscos e não saber o que esperar, ainda que isso signifique só sair de casa num dia que não to com muita vontade. Dizer mais "sim"s é o que me presenteou com a melhor experiência da minha vida até agora que é esse intercâmbio e tudo o que ele tem me trazido, e eu não poderia não ter aprendido nada com isso.

Mudei o layout do blog mas isso vocês já devem ter reparado há muito tempo. Acho que aos poucos posto as coisas que já fiz aqui. Espero dessa vez conseguir ter um ritmo de postagens um pouco melhor.

É isso, feliz ano novo. :)

14.2.14

5º post yes

Olá estou vindo aqui bater meu recorde de posts em relação ao ano passado

Não sei se alguém realmente acompanha isso mas eu fui selecionada no esquema do intercâmbio, uhu, e tenho que mandar as applications para as universidades a partir de agora. Isso significa que eu consegui montar meu portfolio (aplausos), o que significa que eu não perdi meus arquivos (aplausos mais intensos). Vou colocar o link do portfolio na bio aí do lado mas se alguém tiver interesse pode clicar ~aqui~ pra ver.

BOM vamos ao que interessa, um dia desses pedi pro Agah uma idéia de desenho (pra ter mais ilustrações no behance), e ele me disse pra fazer uma menina com uns peixes voando em volta. Pra unir o útil ao agradável e ser fofa também, decidi que ia fazer o que saísse de presente pra ele.

Pela primeira vez na minha vida, eu acho, eu comecei a desenhar já com uma idéia bastante formada do que eu queria pro desenho final, então foi rápido. Uma coisa que eu tenho notado é que de fato quanto mais frequentemente vc desenha, mais tudo fica fácil. Não to falando da habilidade em si ou de desenhar bem ou não, mas da agilidade, da facilidade de ter idéias, de como compor, etc. Pode ser meio muito óbvio isso mas só fui entender mesmo com a experiência :T

Apesar de ter sido mais fácil, eu continuo sendo eu então obviamente tive um strugglezinho no meio. Algumas pessoas me disseram que acharam legal eu postar o processo dos meus trabalhos então vou fazer a mesma coisa de novo.


Essa foi a idéia a partir do que tava na minha cabeça. Mas pra variar eu não estava muito satisfeita, comecei a achar os peixinhos toscos e o resto do desenho sem graça, apesar de ter gostado bastante da mina no centro. No auge da minha insatisfação revolucionei totalmente, tirei tudo e sombreei o corpo.

Mas ficou horrível. hehe

Voltei com os peixes até porque se não tivesse peixe não teria porque dar de presente pro menino, né, mas tirei os olhos deles porque achei que talvez fosse isso que tivesse deixando eles feios. E era isso mesmo: descobri que peixinhos voadores cegos são mais bonitos. Remexendo (bom verbo) com o círculo colorido encontrei uma solução mais interessante também.

A série pronta:





Imprimi as moças num papel com uma texturinha (termos técnicos de uma estudante de design gráfico) e ficou assim:



É isso. Espero que esteja minimamente interessante o formato dos posts, sei que não é muita gente que acessa (até porque tenho vergonha de divulgar) mas é sempre daora quando recebo algum feedback positivo. :)

7.1.14

Coisas

Oie

Quero falar várias coisas hoje. Comecei a escrever o post às 5h da manhã de ontem (de hoje) mas tava muito difícil fazer isso sem usar a palavra do dialeto das blogueiras 'novidades'. Agora 12h depois ainda não to sabendo muito como organizar as idéias no texto então vou enumerar.

1. Como deve ter dado pra perceber, eu saí do Wordpress e vim pro Blogger. A plataforma do Wordpress é muito cheia de opção pra mim que não tava querendo nada disso, e além de tudo lá também não pude usar o 'rachelzilla' no endereço, que acabei já adotando como ~pseudônimo ~artístico mesmo (é tão legal falar isso) e seria interessante manter o mesmo nome em todas as minhas páginas (minhas páginas muito importantes como por exemplo o instagram).
Além do Blogger me permitir usar o rachelzilla, ele também é muito mais intuitivo e isso me incentivou a meio que fazer um layout (em outras palavras, mudar as cores e colocar um header), que por mais meia boca que esteja ainda é melhor que aquele layout padrão que eu usava no Wordpress por preguiça.
Enfim, agora tá tudo mais bonitinho e sinto que posso começar a divulgar o endereço do blog sem ficar com (muita) vergonha. hehe

2. Comentei no post passado que eu tava indo atrás de um intercâmbio mas não expliquei. E nem vou, mas basicamente é pelo Ciências Sem Fronteiras, preciso de alguns requisitos pra conseguir a bolsa e um deles é o ENEM, que eu não fiz durante o ensino médio porque não fazia muito sentido ainda. Então fiz o ENEM 2013 obrigada e querendo morrer, mas meio que sabendo que eu não iria conseguir a nota suficiente já que meu ensino médio foi há 5 anos atrás.
Bom, o resultado saiu na sexta feira e turns out QUE EU CONSEGUI A NOTA e que a chance de eu estar na Holanda daqui 8 meses são enormes 
Minha ficha demorou a cair, mas agora eu to muito feliz e empolgada e inclusive comecei a fazer aulas de holandês hoje! É muito difícil e a pronúncia é bem absurda mas quero aprender pelo menos os básicos pra chegar lá tirando onda (essa expressão foi um oferecimento dos anos 80).

2.1. Esse item é só um adendo mas meu desktop morreu no fim do semestre passado e segundo o técnico pode ser que nem valha a pena o conserto. To triste com isso mas meu desespero mesmo é que ele disse que tem uma chance remota de eu ter perdido meu HD e praticamente todos os meus trabalhos tão lá. E tenho que mandar meu portifólio pras faculdades holandesas no início do mês que vem. Bem daora mesmo.

3. Na empolgação de montar o portifolio (principalmente agora com o risco de eu precisar fazer um milagre de produção em um mês) fiz a primeira ilustração do ano. Uhu
Esqueci de registrar o processo como fiz da outra vez, o que eu acho bem legal, até porque eu dei muitas voltas com esse desenho até ele ficar assim. Ela tinha até um terceiro olho no início. rs

(ficou desalinhada essa merda e não consigo ajeitar arggg)

De novo, pra variar, a ilustração parece bem simples mas eu sempre levo uma eternidade pra fazer as coisas. Como eu não desenho com tanta frequência assim, toda hora acabo aprendendo alguma coisa nova e isso meio que funciona nos erros e nos acertos, o que leva tempo. Mas por enquanto tudo bem, não tenho cliente mesmo (;_;).
Eu to lentamente tentando descobrir meu estilo e andei percebendo que isso vem naturalmente, tentar seguir um estilo a força não funciona, pelo menos não pra mim. Eu não gosto muito do que eu tenho por 'meu estilo' atualmente mas acho que com o tempo e com a prática as coisas melhoram. Tem muito a ver com auto conhecimento também.

É isso. Espero conseguir ser menos preguiçosa e postar aqui com alguma frequência assim.